24/09/2012

Conseguir ou não

Certa vez, percebi uma coisa muito curiosa conversando com um cliente. Em determinado momento ele falou, referindo-se a um desafio em sua vida: “Eu não consegui, eu não consigo!” Eu respondi: “Espera aí, eu não consigo é uma coisa, eu não consegui é outra! Quando você diz ‘Eu não consigo’ está dizendo que acredita não ser capaz de conseguir. Quando você diz ‘Eu não consegui’, está abrindo espaço para a expectativa de poder vir a conseguir.” Essas sutilezas são importantes, a psicanálise lida exatamente com isso, com o poder a vir a conseguir, quer dizer, poder melhorar. Creio firmemente que sempre podemos melhorar um pouco, sempre há um lugar para a gente melhorar alguma coisa a cada dia e acho que é nisso devemos investir. (Este parágrafo foi extraído de uma entrevista que fiz com Roberto D’Ávila em 2002 e recentemente publicada no site www.vyaestelar.com.br.)

16/09/2012

entrevista,,,

Exemplo de uma entrevista dada por mim ao telefone. Ficou meia boca, mas dá para entender e eventualmente debater: “Quem não tem problemas emocionais não se vicia. Isso porque não precisa se drogar. Vive e é feliz. Existe uma crença ridícula na sociedade de que o fato de uma pessoa experimentar droga vai fazer dela um viciado. A maioria das pessoas bebe e não é alcoólatra. A sociedade tem uma visão ingênua de que a droga é uma armadilha que leva qualquer pessoa para o inferno do vício. Precisamos entender o que uma pessoa tem que faz com que ela caia no vício. Não são as más companhias. Discordo dessa tese. A pessoa que se vicia em drogas (como o álcool, por exemplo) é porque tem problemas emocionais. Nem sempre é por causa da família. Há pessoas que nascem com problemas emocionais. Nós somos responsáveis, em parte, da nossa genética e, em parte, do nosso ambiente. As pessoas que se drogam ou bebem tendem a ficar solitárias. Pessoas que estão sozinhas não estão tentando ser mais felizes, mas se sentir menos infelizes. A pessoa que se droga prioriza a relação com a droga em detrimento da relação com outras pessoas. A droga é a companhia dela”. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/especialista-explica-porque-as-pessoas-acabam-ficando-solitarias-6108883.html#ixzz26b9KIu2E

31/08/2012

Segunda feira, dia 3 de setembro, como em todas as primeiras segundas feiras de cada mês, teremos um encontro no Telezoom, aberto a todos os interessados. Neste próximo encontro, estaremos conversando sobre pecados, refletindo sobre os prejuízos que estes nos causam e trabalhando com exemplos práticos oferecidos por mim e pelas pessoas presentes na palestra que quiserem colaborar. O horário é de 19:30 a 21:30hs. O Telezoom fica no Largo dos Leões, no Humaitá, Rua Mario de Andrade, 48. Até lá.

14/08/2012

NÃO HÁ MALWARE NESTE BLOG!

ATENÇÃO AMIGOS, NÃO HÁ MALWARE NENHUM NESTE BLOG. Luiz Alberto Py

A confiança dos parceiros

Como eu havia prometido, aqui está o outro texto, motivado pela presença da mulher do Cachoeira na CPMI. A relação de amor entre um homem e uma mulher se fundamenta na cumplicidade. Em outras palavras, o casal se junta para construir a felicidade e não para competir e ver quem consegue passar o outro para trás. Alegrias e sofrimentos certamente vão existir, erros e acertos também. Esta é a graça e a beleza da vida. Tanto se pode dizer Siga seu coração e arrisque! ou se aconselhar Pare de lutar com tantas dificuldades e procure outra pessoa porque não podemos saber da realidade do amor de cada casal. É fundamental que haja amor de parte a parte e muita vontade de ficar junto. Sem isto, a felicidade não será possível. Sem paixão, seja qual for, a vida não tem sentido. A passagem do tempo, no entanto, corrói a paixão. Em compensação, acaba ajudando o amor a se solidificar. Na luta por preservar a relação dos desgastes causados pelos atritos e pela rotina, o amor se fortalece e ganha a confiança dos parceiros. E a confiança é fundamental. Podemos confiar em nós mesmos e em nosso parceiro, desde que a experiência nos mostre, pela capacidade evidenciada em se superar dificuldades, que tal confiança é razoável. Assim, o casal reforça a convicção de que existirão vontade e maturidade suficientes para continuar superando as eventuais dificuldades.

01/08/2012

A propósito da desastrada visita da mulher do Cachoeira ao juiz Rocha Santos, ofereço aos leitores o texto abaixo e outro que publicarei ainda esta semana.

A melhor herança que os pais podem dar para seus filhos é uma boa educação. Não se trata apenas de colocar o filho em um colégio e zelar para que ele vá às aulas e tire boas notas, mas entender o que vem a ser o processo de aprendizado e a importância da participação dos pais neste processo. A primeira noção que a criança precisa adquirir, em seu processo de aprimoramento, é a da diferença entre o bem o mal. A tarefa de educar uma criança passa pelo cuidado em ajudá-la a não confundir o bem com imobilidade nem o mal com atividade. O bem comportado não é o quieto, nem o mal comportado o agitado. O cuidado seguinte consiste em auxiliar a criança a desenvolver sua personalidade, entendendo o significado de sua vida, para si mesmo e na relação com os outros. Ajuda muito quando os pais conseguem fazer o mesmo. Mais importante do que tentar aprender o significado da vida, conceito filosófico e religioso altamente polêmico, é aprender a como dar sentido à sua própria vida. Isto significa adequar seus desejos, impulsos e anseios à convivência com as outras pessoas. Educar é preparar os filhos para serem cidadãos: para saberem lutar pelos seus direitos, desenvolverem o respeito pelos direitos alheios e serem capazes de ter uma atividade construtiva.

25/07/2012

Relações Amorosas II

Certa vez, o cartunista Miguel Paiva publicou um desenho sob o título de O amor é cego, mas não é eterno, onde se via um homem atirando fora seus óculos escuros e sua bengala branca enquanto saltava e gritava, em italiano: “miracolo, miracolo!”. O uso da palavra milagre na língua de Dante, nos remete à tragédia de Romeu e Julieta. O cartoon do Miguel trás à mente a dolorosa história dos ingênuos jovens que se deixam embalar pelas delícias de uma paixão adolescente e acabam, por força das armadilhas do destino, vítimas de uma cruel morte dupla. Para os espectadores da peça de Shakespeare fica a emoção de testemunhar a tragédia que tão facilmente poderia ter sido evitada e o sentimento de que em circunstâncias favoráveis o casal poderia ter levado avante seu romance e até teriam a possibilidade de serem felizes para sempre, como em todo bom conto de fadas. Pena que a vida não seja propriamente um conto de fadas e que o final feliz não caia do céu com tanta facilidade assim. Paixões adolescentes são próprias de adolescentes e – apesar da dramaticidade de seu início – costumam se esgotar aos poucos, terminando de maneira chocha, como na descrição de T. S. Elliot: “não com uma explosão, mas com um gemido”. Quando não viram tragédia – o que felizmente raras vezes acontece – acabam em chanchadas próprias da falta de prudência da idade. Perigosas mesmo são tais paixões quando vividas por pessoas mais velhas e que já têm tempo de vida bastante para serem mais ajuizadas. Nada contra os adultos que se deixam embalar pela sedução do encontro de um novo amor. Porque não curtir o enlevo da descoberta de um parceiro adequado, principalmente depois de haverem vivido dolorosas desilusões? Preocupante é quando vemos uma mulher, já na maturidade, mobilizada pela frustração de uma vida profissional sem realização, atribui a culpa pelos seus fracassos à falta de graça de seu marido e, ao encontrar na esquina um Romeu disponível, se dispõe a acreditar que ele será o catalisador de sua felicidade. Baseada em uma crença assim, com a proverbial valentia feminina, ela se disporá a destruir seu casamento em busca de um futuro tão ilusório quanto um castelo de areia, porque alicerçado na expectativa de que o outro virá, como um príncipe encantado, trazendo o milagre da realização pessoal sem o necessário embasamento. Da mesma forma, muitas vezes um homem - também na maturidade - insatisfeito com sua vida profissional, tenta a compensação das conquistas amorosas como forma de recuperar a autoestima abalada pela falta de realização pessoal. Quando, em sua busca pelo consolo no sexo, ele se depara com uma Julieta ensandecida pelo ardor adolescente fora de hora, embarca na mesma canoa na esperança de que uma aventura amorosa temperada pela paixão o compense de suas frustrações e de seus fracassos. Ai está um amor que tem tudo para dar errado. E vai dar. Por vezes demora bastante para se extinguir o fogo da paixão e o casal vive momentos de plenitude amorosa. Mas a realidade das dificuldades da vida bate à porta e as agruras do quotidiano terminam por solapar esta relação mal construída. Pior ainda quando, por mera vaidade, eles não querem dar o braço a torcer aos seus críticos (que sempre existem) e mantém, por um longo período, a farsa em que se tornou a relação. Uma relação amorosa, para fazer o trânsito da paixão para o amor, necessita de um sólido alicerce baseado em motivações sadias e na maturidade do casal. Somente quando o crivo da razão avaliza o momento de emoção temos a possibilidade de um final realmente feliz.

19/07/2012

Relações amorosas I

Nas coisas do amor, homens e mulheres convivem enfrentando dificuldades relacionadas com o fato de que a atitude de cada sexo para com a vida afetiva é bastante diferente, por vezes até oposta. Daí a razão das queixas, tanto de homens quanto de mulheres, sobre a dificuldade de entender o parceiro. Um tradicional exemplo: enquanto as mulheres tendem a ser monogâmicas, opostamente os homens apresentam tendência à promiscuidade. Tal padrão de comportamento ocorre sistematicamente em quase todas as espécies animais, incluindo mesmo os insetos. Uma nova ciência, a psicologia evolucionista, dedica-se a observar e explicar fenômenos como este e tem contribuído para uma revisão radical das ideias tradicionais sobre a natureza humana, nosso funcionamento mental e emocional, bem como sobre nosso comportamento. A psicologia evolucionista se apoia no conceito darwiniano da sobrevivência do mais apto, enfatizando que a sobrevivência genética depende de uma específica aptidão para a reprodução. Quer dizer, o mais apto para sobreviver é geralmente o mais forte, o mais inteligente, o mais ágil. E o mais apto para reproduzir costuma ser, antes de tudo, o mais ativo sexualmente e, principalmente, o mais capaz de proteger e ajudar seus descendentes a crescerem, sobreviverem e se multiplicarem. As bases da psicologia evolucionista foram estabelecidas pelo geneticista britânico A. J. Bateman (1919-1996), e pelos biólogos americanos George Williams (1926-2010) e Robert Trivers (1943). Eles observaram dois dados essenciais nos padrões de reprodução. O primeiro é que o legado genético dos machos depende da quantidade de fêmeas com que eles cruzam. A implicação deste achado é clara e simples: a seleção natural estimula "uma avidez indiscriminada nos machos". O segundo é a importância da atenção dos pais para com seus filhos no aumento da probabilidade de sobrevivência destes. Dado o fato de que a reprodução depende de uma extensa atividade sexual por parte do macho (quanto mais fêmeas ele fecundar, mais seus genes sobreviverão nas gerações vindouras) e da possibilidade da fêmea encontrar apoio e proteção dos machos – principalmente da parte do pai de seus filhos – para cuidar da prole, tais características fazem parte da carga genética que inevitavelmente estará mais apta a ser transmitida. Isto nos leva a concluir que a fêmea interessada por acasalamento estável levará vantagem na transmissão de seus genes, enquanto que o macho será mais bem aquinhoado quanto mais promiscuamente se comportar. Naturalmente, existe um nível ótimo de promiscuidade, a partir do qual o macho deixa de ser um eficaz transmissor de seus genes, por não ser capaz de cuidar adequadamente da extensa prole que terá gerado. O macho que gera dez filhos malcuidados, dos quais poucos sobrevivem e mesmo assim de forma precária, transmite seus genes com menos eficácia do que o outro, que gerando apenas dois ou três filhos protege-os e os ajuda a crescerem e se tornarem também reprodutores mais aptos. Portanto, enquanto o sucesso do macho quanto à sobrevivência de seu patrimônio genético depende de seu impulso para a poligamia, o sucesso da fêmea depende de sua capacidade e interesse pela escolha do melhor macho possível para cuidar de seus filhos, o que tenha mais aptidão para manter uma família estável será mais valorizado. Estes dados científicos são úteis em nossas relações afetivas por nos ajudar a entender que as diferenças instintivas e primárias de comportamento entre homens e mulheres são geneticamente determinadas e não dependem tanto quanto se costuma acreditar da cultura e da educação. Por isto mesmo, cabe a cada um de nós desenvolvermos compreensão e paciência para com as características psicológicas do sexo oposto, apesar delas tanto nos irritarem. Sabendo que elas são instintivamente determinadas teremos mais possibilidade de encarar com boa-vontade o comportamento dos parceiros, o que facilitará a estabilidade de nossas relações amorosas. E também teremos a possibilidade de interferirmos com a razão e a vontade para não ficarmos escravos de nossas inclinações instintivas.

18/07/2012

Estou de volta! Minha secretária voltou para me ajudar e agora vamos voltar a ativar este blog. Aguardem postagens a partir de amanhã. Saudações a todos. Luiz Alberto Py

29/01/2012

Sobre o projeto com a Casa de Cultura Laura Alvim

Notícias do projeto na Laura Alvim. Algumas pessoas não puderam ir, de modo que o grupo reuinido (sete pessoas) conversou sobre o que fazermos. Apresentei uma proposta inicial que transcrevo a seguir.

Proponho pensar a questão da vida comunitária. Antigamente as pessoas desfrutavam de uma vida comunitária em função da pequena população das comunidades. Todos se conheciam e sabiam razoavelmente da confiabilidade de cada um. As pessoas eram conhecidas e avalizadas pela comunidade. Problemas sempre surgiam e eram enfrentados comunitariamente. Por exemplo, se uma árvore caia sobre uma casa todos colaboravam no reparo da mesma. Uma criança sozinha, ou uma pessoa enferma eram alvo da atenção e da ajuda de todos. A solidariedade, a ajuda mútua, a caridade, estavam presentes de forma muito constante e explicita.
Atualmente, com o crescimento das cidades, as pessoas se distanciaram e a vida comunitária praticamente se resume a encontros em cultos religiosos, onde a religião comum aos participantes os aproxima e avaliza. Colegas de colégio e faculdade se dispersam e alguns cultivam amizades – o que é diferente de vida comunitária. Penso que podemos estimular o renascimento de comunidades onde as pessoas se reúnam através de um interesse comum. Tais reuniões vêm ocorrendo a partir da convivência na Internet, mas a esta convivência falta o aval da credibilidade, pois as pessoas se conhecem virtualmente e seus currículos não são confiáveis.
Penso que podemos criar o embrião de uma comunidade que se interesse em testemunhar o fenômeno de seu próprio crescimento e desenvolvimento. Temos um espaço para viver esta comunidade e nela debatermos questões de nossa cultura e assuntos que consolidem o desenvolvimento das relações comunitárias entre os participantes. Por vezes temos a ilusão de termos uma vida comunitária simplesmente porque trocamos cumprimentos frequentes com o jornaleiro ou somos reconhecidos por garçons de restaurantes etc. Reuniões de condomínio também podem nos dar a ideia de estarmos vivendo uma comunidade quando o mais provável é que haja mais desentendimento do que espirito comunitário em um grupo de condôminos.
A questão da solidariedade me parece crucial quando abordamos o tema da vida comunitária. Nós descendemos de um homem primitivo que conseguiu sobreviver em um meio ambiente difícil e muito hostil – onde ao mesmo tempo era predador e presa – exatamente pela capacidade de atuar em grupo e exercer intensamente o sentimento de solidariedade. Trazemos o instinto de solidariedade em nosso DNA, pois quem não o possuía não deixou descendência. Creio que foi a capacidade para a solidariedade que permitiu que se construísse a Civilização, na base da troca de favores e de ajuda.
Trabalhei muito e durante muitos anos com grupos terapêuticos e psicoterapia de grupo e aprendi que o sucesso deste tipo de terapia estava muito relacionado com a solidificação de um sentimento de solidariedade e de espírito comunitário que se desenvolvia espontaneamente durante a evolução da terapia. Hoje, olhando retrospectivamente, percebo que este era o motivo pelo qual os resultados positivos de uma terapia grupal excediam significativamente os resultados da terapia individual. Sei que uma afirmativa como esta é extremamente polêmica, mas trata-se de um debate dentro do qual possuo fortes argumentos para apresentar a partir de uma longa experiência pessoal. Na época eu identificava um clima afetivo que chamei de espírito fraterno. As pessoas conviviam como irmãos, com o lado positivo da fraternidade – a solidariedade, tanto quanto com o lado negativo: a rivalidade. Tal fraternidade é, mais especificamente falando, um produto do desenvolvimento instintivo do espirito comunitário.

22/01/2012

Caros amigos.

Estou divulgando meu novo projeto (vejam abaixo o release feito pelo Espaço Telezoom – que organizou o evento) a se realizar na Casa Laura Alvim, em Ipanema. Este projeto trata da recuperação da vida comunitária e foi inspirado por três autores. O primeiro foi Buckminster Fuller (Manual de operação da espaçonave TERRA), o segundo foi Ivan Illich (Instrumentos para a convivialidade). Finalmente, minha terceira fonte de inspiração foi Alain de Botton (Religião para ateus).

Pretendo desenvolver um espaço de convivência e diálogo, abordando temas de interesse comum e observando o processo de conviver, ao vivo. Naturalmente a experiência será desenvolvida a partir de um olhar psicanalítico, ou seja, levando em conta também o funcionamento mental subconsciente.

Aguardo os interessados na próxima quinta, dia 26. Lamento estar avisando em cima da hora, mas quem não puder comparecer ao(s) primeiro(s) encontros, poderá se inscrever posteriormente. Peço a gentileza, que desde já agradeço, de divulgarem estes encontros.

Saudações.

Luiz Alberto Py

NO DIVÃ COM LUIZ ALBERTO PY

O curso de NO DIVÃ COM LUIZ ALBERTO PY é um Clube Cultural, ou seja, um curso de duração contínua. Clique aqui e veja como funciona.

O Clube da Psicanálise propõe um diálogo sobre assuntos gerais examinados a partir do vértice psicanalítico e também uma reflexão dialogada sobre a evolução da psicanálise até o momento atual.

Início dia 26 JAN
Quintas, das 16h às 18h

Luiz Alberto Py

Autor de diversos livros, sendo os mais recentes: "Saber amar" (Editora Rocco, 2006), "Mistérios da Alma" (Editora Best Seller, 2007) e "Amor e superação – como enfrentar perdas e viver lutos" (2010). Atende em consultório no Rio de Janeiro e faz palestras por todo o Brasil.
Trabalho remunerado em diversos programas da Rede Globo de TV, tais como Big Brother Brasil, Domingão do Faustão, Linha Direta, Ana Maria Braga, Caldeirão do Huck etc. Médico (Faculdade de Medicina da UFRJ, especialização: Psiquiatria, 1963).
Psicanalista (Sociedade Brasileira de Psicanálise de S. Paulo, 1974).
MFCC (Marriage, Family and Child Counsellor).
(Credenciado pelo Board of Behavioral Science Examiners do Estado da Califórnia, EUA - 1978).

Local:

Estação Sesc Laura Alvim

Casa de Cultura Laura Alvim
Av. Vieira Souto, 176
Ipanema, Rio de Janeiro

Valor: R$ 250,00 por módulo de 4 encontros (valor mensal).
Desconto de 15% pra quem fizer mais de um Clube.

Associados Sesc tem 20% de desconto.

07/01/2012

Ver o visível

Tirésias o cego adivinho, conselheiro do rei, personagem do mito de Édipo, em dado momento diz para Édipo que é melhor para ele não saber quem matou o seu antecessor o rei Laio. Édipo insiste em querer saber a verdade a qualquer preço. (“E o que é a verdade?” esta foi a pergunta que Cristo se recusou a responder.) Quando Édipo finalmente descobre ser o assassino de Laio e também o filho dele, portanto casado com sua própria mãe, desesperado cega-se. Não quer mais ver, pune-se com a cegueira? Quer ficar igual a Tirésias? Isto é um mundo de reflexões sobre a vida. Pensar que Édipo, apesar de ser apenas uma pobre vítima de um destino traçado antes até de seu nascimento, sente-se culpado. Este mito associa o sentimento de culpa com a arrogância de nos sentirmos responsáveis por um destino que não escolhemos. E por aí as ideias vão se encadeando.

“Quem só vê o visivel, vê muito pouco”.

30/12/2011

Hesitação na piscina, ou seria psina? Ou pyscina?

Toda manhã na beira da piscina eu era tomado por uma dúvida, entrar ou não naquela água extremamente fria. Ficava alguns minutos me decidindo e acabava mergulhando. Certo dia, percebi que a escolha já estava antecipadamente feita. Eu agia como se não soubesse que ia terminar o tempo de hesitação da maneira de sempre. Quando me dei conta disto, entendi que não havia sentido em ficar um tempo por vezes longo decidindo o que já estava resolvido. Daí em diante, chegava à borda da piscina e imediatamente mergulhava.
Tenho percebido que muitas pessoas, muitas vezes agem como eu na beira da piscina. Levamos um tempo, por vezes imenso e precioso, para tomar uma decisão que já está definida sem que a gente perceba. Quantas e quantas vezes fazemos isto em nossas vidas, nas ocasiões mais variadas e nas mais diversas circunstâncias. Basta prestar atenção e evitaremos esse desperdício de tempo e energia.

30/08/2011

Entrevista para Roberto D'Avila.

No próximo domingo, dia 04 às 20hs na TV Brasil, antiga TVE (canal 2 da rede aberta ou canal 18 da NET) será transmitida a entrevista que dei ontem para o Roberto D'Avila. Recomendo que vejam, tenho a impressão que ficou tão boa quanto as outras duas que fiz com ele. Gostaria que depois me dessem suas opiniões.
Na entrevista falo um pouco do meu livro mais recente "Amor e superação - como enfrentar perdas e viver lutos". Quem quiser adquiri-lo e não o encontrar, pode encomendar comigo no meu email: luiz@albertopy.com.br.
Saudações a todos e até domingo.

04/05/2011

Hoje, quarta-feira dia 4, vou dar uma entrevista no programa "Em pauta" da GNT, às 20hs30. Parece que é sobre a relação entre os americanos e o Bin Laden. Convido a todos. Acho que vai ser divertido. Saudações. Py

01/05/2011

Correspondência do exterior

Ciudad del Este, 15 de Abril de 2011

Oi Senhor Luiz eu sou do Paraguai y nao escrevo tam bem o portugues. Mais espero que o Senhor me pudiese entender.

Eu sempre olhio a revista Dietaja vía internet. A verdade fique muito identificada con a declaracao da Lívia eu nao tenho hipotireoidismo, eo sou uma joven de 18 anos, tenho 1,63 cm. de estatura y 67 kilos a verdade nao é que tenho muito sobrepeso mais nao posso eliminar os kilos de mais.

Eu algumas veces como de mais otros días procuro nao comer muito, mais minha vida se torno un transtorno algumas veces eu tambem choro muito por que apesar de nao ser muito meus kilos e mais em comparacao con otras pessoas eu nao posso eliminar sintendome impotente o peor é que depois de comer de mais eu fico trizte quasi con dessejo de nao viver, por que nao posso contra a gordura.

Eu quería saber si o Senhor me podería dar algum aconselhamento nao sei a verdade eu nao sei mais que fazer eu trato de ir pra academía emagresco mais com ima facilidade impresionate eu volto pra o mesmo peso.

Em sua carta você fala que pratica as duas atividades mais essenciais para manter um bom peso, que são exercício físico e cuidado com a alimentação. Mas desconfio que você não freqüenta a academia como deveria ou então não se exercita no nível adequado para sua idade e seu corpo. Ou seja, acho que você está fazendo menos exercício do que deveria. Quanto á questão da alimentação, é muito importante manter a disciplina constantemente. Não basta alimentar-se bem um dia e no dia seguinte comer excessivamente. Você pode até um dia ou outro fugir da dieta, mas é preciso que haja uma constância na alimentação adequada. Aliás, nem devemos falar em dieta, mas em alimentar-se de uma forma saudável. Isto significa evitar alimentos calóricos, excesso de gordura, cortar totalmente as frituras e tudo o que contenha açúcar. A gente pode perfeitamente viver feliz sem ter que comer ovo frito, bacon e batata frita e outras coisas semelhantes. Tenho certeza de que sendo mais disciplinada você chegará ao peso adequado à sua saúde e à sua boa aparência.

27/04/2011

correspondência

Dr Alberto

Boa noite

Gostei muito do seu artigo sobre luto e perdas.

Mas falando de minha experiência pessoal onde já aconteceram muitas perdas,

sei como é complicado lidar com isso.

Sempre fico adoecida fisicamente quando acontece.

Gostaria de evitar esse adoecimento.

O SR. poderia ajudar-me?

Obrigada

Ficar fisicamente doente em ocasiões de luto parece ser a sua forma de expressar tristeza, isto não é raro, muitas pessoas reagem assim. Mas esta situação pode ser modificada. Porém, creio que para isto a colaboração de um psicoterapeuta competente ajudaria muito a você. Recomendo-lhe que procure um, sempre será um bom auxílio. Sugiro também que leia meu livro sobre perdas e como enfrentá-las. Ele foi recentemente publicado pela Editora Rocco e se chama “Amor e superação – como enfrentar perdas e viver lutos”. Se tiver dificuldades em encontrá-lo, pode encomendá-lo comigo. Saudações.

26/04/2011

HOJE NA TV

hoje, dia 26 estarei dando uma entrevista para Marcia Peltier, no canal CNT, após a novela, por volta de 22hs30. Deve haver repetição para quem não receber este aviso a tempo. Saudações. Luiz Alberto Py

correspondência

Bom dia!!

Enviei um email durante a semana sobre ciúmes e o sr até publicou no blog.Pois é, meu namorado não acredita mais na minha mudança e disse que não quer mais me namorar e que não sente mais o mesmo por mim,apesar de gostar muito de mim as minhas atitudes estão aos poucos afastando ele de mim. Me desesperei chorei,implorei pra ele não me deixar, a não ser que ele tivesse se envolviso com alguém,mas ele disse que não que não quer mais namorar pq eu só brigo e ele cansou não consegue mais ser o msm cmg e não quer me magoar.

Eu continuei,mas ele me disse que não quer me fazer sofrer e que realmente ele acredita que eu não vou mudar, e se eu vim com minhas insinuações ele não vai aguengtar.

Eu não deixei ele ir embora,mas não sei se agi certo. Só n queria perder ele pq gosto muito dele. Passei até mau ontem ele disse q não consegue passar carinho pq eu bloquiei e que ele me avisou há tempos que ele estava cansando pra mim parar com disconfianças.

Bom não sei se ele voltará a gostar de mim.

O que eu faço estou desesperada, não paro de chorar,até me rebaixei implorando pra ele ficar comigo???

Não queria ser assim.

Por favor me ajude.

Abraço

Prezada ciumenta.

Acho que seu namorado tem razão, porque você não mostra nenhum sinal de mudança. No lugar dele eu já teria feito o mesmo, ido embora em busca de uma pessoa que me tratasse com respeito e tivesse confiança em mim.

Você precisa levar a sério a idéia de controlar seus sentimentos, principalmente esses sentimentos negativos de ciúme que mostram seu despreparo para uma relação amorosa e sua substituição de um amor respeitoso e verdadeiro por uma possessividade egoísta e nada generosa. Você precisa aprender que amor é doação e confiança, ciúme é possessividade e egoísmo.

Sugiro que você leia meu livro “Saber amar”. Todo um longo capítulo é dedicado à questão do ciúme e de como lidar com ele. Se tiver dificuldade de encontrar o livro, encomende-o para mim.

Boa Sorte em seu próximo namoro.

25/04/2011

nova questão

Descobri que a maior dor não é a de um amor rejeitado, mas a de um amor desrespeitado

- ou seja, o desrespeito pelo ser humano que somos e, incondicionalmente,

doamos. Dr. como curar essa dor que não pára de doer e corroer?

Tenha uma boa noite!

Gostaria de lhe propor que pensasse no seguinte: não seria desrespeito por si mesma insistir em cultivar um amor que não é correspondido ou pelo menos reconhecido e até desrespeitado? Por que não procurar se doar a alguém que lhe merece, que mereça seu amor?

carta de leitor respondida

ESTOU RETOMANDO A RESPOSTA ÀS CARTAS DOS LEITORES

Esta que se segue é a primeira.


Dr luiz alberto boa tarde..estou lhe escrevendo pois ja me

Respondeu uma vez e me ajudou muito.... Estou, pela segunda vez

Passando por um processo de separação..após 24 anos de casamento

Esta é a segunda vez que meu marido sai de casa. A primeira ele

Alegava desgaste e muito ciumes da minha parte dizendo que eu o

Sufocava..e não era nada disso,,,era outra.. Ficou 11 meses fora mas

Mantinhamos um relacionamento pois não conseguia me afastar dele..

Agora desta vez ele saiu e alega que eu o estou traíndo...com colegas

De profissão, pois converso por email realmente, com colegas do meu

Curso de especialização mas é apenas amizade mesmo...nunca pensei

Em traí-lo ... Qdo ele saiu de casa ficou 11 meses fora e nesse

Intervalo conheci uma pessoa ,que não foi nada importante mas me

Ajudou a melhorar minha auto estima..mas qdo o meu ex marido me pediu

Para voltar imediatamente voltei meu casamento .. Só que o meu ex

Marido havia ficado sabendo desta pessoa e durante estes 3 anos que

Permaneceu em casa vivia me ofendendo , acusando de traição ,,uma

Pessão louca em cima de mim...não tava suportando ele jogar tdos

Os erros dele em cima de mim.. Qdo agora em janeiro saiu e alega a

Todos que eu o traia..jogando ate minhas filhas contra mim..um

Absurdo... Só que não consigo entende-lo pois ainda continua se

Relacionando comigo..e no outro dia começa me ofender novamente..

Dizendo que eu morri pra ele..que não ficaremos mais juntos ..etc

Estou fazendo terapia ,mas tem hs que acho que não to melhorando nada

.. Gostaria do seu parecer , pois gostaria de entender as atitudes

Dele .e como agir pois fico pensando que se realmente ele

Acreditasse que eu o teria traido nunca mais me aceitaria,,,penso

Que no fundo ele me conhece e sabe que não seria capaz disso

Eternamente grata

Você diz que não consegue entender o comportamento de seu marido, pois ele a procura apesar de mostrar-se agressivo e insatisfeito. Por outro lado, você também o aceita apesar de toda sua insatisfação. O que me leva a crer que ambos estão muito insatisfeitos um com o outro, mas têm uma enorme dificuldade em concretizar a separação. Como conseqüência, enquanto não tomarem nenhuma atitude definitiva, vão continuar nesta situação de sofrimento. A meu ver vocês seriam mais felizes separados, mas trata-se de uma decisão que depende da vontade de ambos. Pelo jeito estão preferindo viver desta forma sofrida. Sugiro que você pense o que será melhor para ambos.

05/04/2011

Caros Amigos.

Estou prestes a iniciar um pequeno ciclo de Seminários Clínicos à luz das propostas de W. Bion sobre a atitude apropriada do analista frente a seus analisandos. Haverá um debate de material clínico oferecido pelos participantes ou pelo próprio coordenador.

Estou certo de que será interessante e estimulante para todos.

Conto com a presença de vocês!

Duração dos encontros: 90 minutos (uma vez por semana)

Horário: quintas-feiras das 20hs15 às 21hs45; (Durante oito semanas)

Início: 14 de abril de 2011

Coordenadora: Thaïs Sá P.Oliveira, psicanalista da SPID

Professor convidado: Luiz Alberto Py, ex-membro titular da SBPRJ e da SBPSP. Ex Presidente da SPAG-RJ e da ABPAG. Ex membro da diretoria da IAGP

(Associação Internacional de Psicoterapia de Grupo)

Os seminários estão abertos ao público em geral. Informações e inscrições na SPID (*), com Adriana, Marcia ou Cinésia.

(*)SOCIEDADE DE PSICANÁLISE IRACY DOYLE - SPID

Filiada à International Federation of Psychoanalytic Societies - IFPS

R. Visconde de Pirajá, 156 /307-310

22410-000 - Ipanema - Rio de Janeiro - RJ

Tel.: (21) 2522-0032 ou (21) 2267-8194

E-mail: admspid@unisys.com.br