20/10/2010

A RECEITA MAIS SIMPLES

O filósofo alemão Nietzsche afirmou que na "batalha a que chamamos vida", precisamos não de bondade mas de força, não de humildade mas de orgulho, não de altruísmo mas de inteligência decidida. Que a igualdade e a democracia vão contra a essência da seleção e da sobrevivência; que não são as massas, mas o gênio, a meta da evolução; que não é a justiça, mas a força, o árbitro de todos os destinos. A vida como uma batalha e a importância da força e da inteligência são conceitos egoístas que floresceram durante a era da industrialização da nossa civilização ocidental. Foi quando os tradicionais valores da solidariedade, do respeito aos mais velhos, do amor e da fraternidade, deram lugar à valorização da competitividade, produtividade, força e desempenho, que mais e melhores lucros proporcionam às indústrias e empresas.

Mas o egoísmo é um grande empecilho para a felicidade. Ser feliz é saber partilhar, exercer a solidariedade. Saber que somos parte de um todo, a humanidade; e que esse todo é parte de um todo maior, a natureza. Quanto mais inseridos estivermos no processo coletivo, menos nos incomodarão nossas pequenas dificuldades pessoais. Isso não significa abrir mão de nossa individualidade. Ao contrário, temos para com a natureza o compromisso de zelarmos por nós mesmos e desenvolvermos, na medida de nossas capacidades.

Nossa busca de felicidade não deve ser uma procura egoísta, mas uma tentativa de partilha fraterna. Não é possível ajudar alguém a ser feliz se não estamos felizes. Portanto, para poder dar a mão aos outros é fundamental que sejamos capazes de estar felizes. A receita é simples: ser feliz e contaminar o maior número possível de pessoas com nossa felicidade. Isto é ser um bom cidadão, ou simplesmente um ser humano em busca de sua felicidade.

“Ser feliz é saber que somos partes de um todo, a humanidade; e que esse todo é parte de um todo maior, a natureza”.

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