19/10/2010

APRENDENDO A TER UMA AUTO-ESTIMA ELEVADA

Para entender melhor o problema da perda da auto-estima natural, é importante ter um mente o fato de que as crianças aprendem muito por imitação. Elas percebem como os outro se comportam e procuram se comportar da mesma forma, ou o mais parecido possível. Quando uma criança vive num ambiente no qual é estimada e valorizada, ela pensa: “se papai e mamãe gostam de mim, eu vou gostar de mim também”. É uma reação instintiva, faz parte da natureza do aprendizado e coincide com a auto-estima natural.

Mas a grande maioria dos pais tem medo de que o filho saiba o quanto eles o amam. Simplesmente porque sabem que estão muito vulneráveis a este amor. Minha experiência de pai me mostrou que o amor que sinto pelos meus filhos é absoluto. Gosto deles apenas porque são meus filhos e os amo tanto quanto a mim mesmo, são partes de mim. Gosto incondicionalmente, ou seja, não estabeleço condições. Não é apenas quando tiram nota boa, quando são bonitos ou quando se comportam bem que gosto deles. Gosto deles sempre. Fico triste se eles não correspondem a alguma expectativa que tenho, mas sei que este aborrecimento não diminui o meu amor por eles. E tenho – como todos os pais e mães – medo de que eles saibam disso e que pensem: “se gostam de mim mesmo quando eu me comporto mal, mesmo quando eu tiro nota baixa, então eu posso fazer qualquer coisa."

Este tipo de medo leva os pais a esconderem dos filhos o quanto gostam deles. Em conseqüência, os pais começam a dizer aos filhos que não gostam deles quando se comportam mal, que só gostam deles quando tiram boas notas e são obedientes. A criança desenvolve, então, essa visão equivocada de que o amor é condicionado. Ela fica achando que para ser amada precisa ter um bom comportamento, fazer tudo direitinho, ser bonita etc. sabemos, no entanto, que isso não é verdade, pois o verdadeiro amor não depende de nada, é espontâneo e incondicionado.

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