CORRER ATRÁS DA FELICIDADE
Há muitos anos, procurei um analista para repensar algumas questões de minha vida. Era minha terceira experiência de análise e escolhi um inglês de mais de 80 anos que morava em Los Angeles e que eu reputava como o melhor analista vivo. Durante mais de quatro anos desenvolvemos um trabalho que começou à distância – eu o visitava duas vezes por ano e nos víamos também quando ele vinha ao Brasil fazer palestras. Na medida em que a análise cresceu em importância para mim, tomei a decisão de me mudar com minha família para Los Angeles, para ter a possibilidade de uma terapia mais intensa. Foi um período de trabalho psicanalítico extremamente frutífero, que durou quase um ano e meio.
Quando decidi terminar a análise e voltar para o Brasil, me dei conta de que provavelmente jamais veria novamente o meu analista. Na última sessão que tivemos, eu estava consciente de que aquela seria a última vez que nos encontraríamos. Eu o apreciava enormemente e era muito grato pela imensa ajuda que ele me havia concedido. Assim, nossa despedida me deixou profundamente triste. Percebi então que havia uma diferença básica entre alegria e felicidade, ou entre tristeza e infelicidade. Ao mesmo tempo que eu estava triste por me despedir de meu amigo, eu havia feito essa escolha e sentia-me feliz com ela. Porém, não podia me impedir de ficar triste ante a possibilidade de nunca mais voltar a ver alguém a quem eu tanto estimava. Os dois sentimentos conviviam no meu coração.
Esta experiência me serviu para perceber que a felicidade não depende de detalhes ou circunstância, mas de uma deliberação pessoa. Aprendi que devemos nos exercitar em correr atrás da felicidade e transformá-la em um objetivo de vida.
2 comentários:
O problema de algumas pessoas é que diante do primeiro obstáculo que encontram desistem de seus objetivos, oxalá essas pessoas pudessem ler este artigo. Um beijo no seu coração!
Oi, Marcia. Por favor, indique o blog a quem você acha que pode aproveitar.
Bjs.
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