15/09/2010

PERSONAGEM OU PESSOA

Na vida corremos o risco de nos tornarmos uma personagem em vez de uma pessoa. É importante que se tenha clareza acerca disto pois é essa escolha que podemos e devemos fazer – a de ser personagem ou pessoa. A personagem tem características definidas, predeterminadas pelo autor que a criou, costumando por isso ser previsível. Uma pessoa, ao contrário, se desdobra em diferentes aspectos; pode ser – e geralmente é – contraditória. Se pararmos de nos questionar, depois de ficarmos adultos, provavelmente nos transformaremos em uma personagem, geralmente dica condenado a não mudar, comprometido com uma coerência que nada lhe acrescenta. Muitas vezes, seduzido pela facilidade de não ter que pensar muito sobre sua maneira de ser, adota a personagem sem perceber como isto o diminui como pessoa.

Os outros, em geral, nos preferem como personagens, pois isto nos torna previsíveis – como um relógio-cuco pendurado na parede: regularmente nos avisa que horas são e podemos confiar nele. É bom para os outros e eles nos estimulam à mesmice; mas esse caminho paralisa a criatividade e a liberdade de movimentos.

Cada um de nós deve ter alternativas para o seu comportamento, para sua maneira de ser. Ninguém precisa ser sempre do mesmo jeito. Podemos mudar, nos descartar de compromissos com a coerência e nos libertar de tudo que nos aprisiona ao passado. Porém, tal decisão implica assumir o peso de sermos totalmente responsáveis por sermos quem somos e pela forma como conduzimos nossa vida. A questão se centra em qual o objetivo que determinamos para nossa vida.

2 comentários:

Ana Karina de Montreuil disse...

Ah Py assim não vou ter que voltar a terapia nunca mais rsrssrsr
sempre que venho aqui "pego" alguma coisa que faz todo sentido
Mais ,mais rsrsr
Que tal uma dica sobre o ego e padroes? rsrs
Bjus

Luiz Alberto Py disse...

O ideal é mesmo prescindir de terapeuta e ser sua própria terapeuta. Esta é sempre minha meta quando trabalho.