A PRECIOSA SUBSTÂNCIA DA VIDA
Ainda dentro do tema da  dificuldade de desenvolver a atitude de aceitação, existe uma situação  especialmente difícil que é a relação com a morte. Em nossa cultura a  questão da convivência com o fim da vida tem sido muito mal  administrada. Costumamos pensar na morte como uma coisa terrível, quase  esquecidos de que todos vamos, algum dia, passar por ela. Não nos damos  conta de que não é na morte que se perde a vida, mas desperdiçando nosso  precioso e curto tempo com coisas sem importância.
Morrer, embora seja  natural e faça parte do ciclo da vida em nosso planeta, costuma ser  visto como um acontecimento trágico e não como o fim esperado de todos,  como na verdade é. Frente à proximidade da morte, a reação das pessoas  é, em geral, muito negativa. Os médicos e psicólogos que observaram a  questão, lidando com pessoas que estavam próximas de morrer, verificaram  que a maioria passa por quatro fases, durante a aproximação com a  própria morte.
A primeira fase é de negação. As pessoas tentam se  enganar e se agarram à crença de que não estão condenadas. Depois,  seguem-se as fases de revolta e de depressão. As pessoas não aceitam seu  destino, se enchem de ódio contra o que está acontecendo e, em seguida,  mergulham em profunda tristeza. Durante um tempo esses dois sentimentos  se alternam. Nesse período, o desespero multiplica o sofrimento. Para  se livrar da tristeza a pessoa se agarra à raiva. Quando esta se torna  insuportável, a tristeza ocupa seu lugar. Até que finalmente, a questão  começa a ser elaborada de forma mais adequada e surge a fase de  aceitação. É quando as pessoas prestes a morrer entendem enfim a  naturalidade do que está acontecendo e serenamente aceitam a fatalidade.
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