O OUTONO DA PAIXÃO
Para os jovens, que ainda não tiveram tempo de  alcançá-la, é útil aprender um pouco sobre a maturidade no amor. Os mais  velhos, por  terem mais vivência de desilusões amorosas, têm melhores  condições para aprender a valorizar as maravilhas da paixão, sua  raridade e preciosidade; e também para conviver melhor com os variados  contratempos amorosos. As dificuldades sexuais tais como a impotência  masculina e a frigidez da mulher, podem ser enfrentadas sem grandes  angústias por serem experiências já vividas. Questões de infidelidade  podem ser encaradas com mais tranqüilidade por já terem sido alvo da  atenção das pessoas que têm mais tempo de vida. Mesmo que pessoalmente  não tenham passado por esse tipo de dificuldade, certamente já viveram  tais dramas através do sofrimento de amigos ou de parentes próximos.
Os  altos e baixos da vida amorosa nos levam a sobressaltos que dificultam a  possibilidade de saborear a presença da outra pessoa. Quem já passou  por isso muitas vezes aprende a usufruir o lado positivo da relação sem  se deixar abalar demais pelas dificuldades. Se tiverem amadurecido, os  mais velhos já terão desenvolvido ao longo dos anos uma sabedoria que  lhes permitirá fruir a paixão, o amor que dela se desenvolve e os frutos  da relação. Evitarão o sentimento de urgência que marca as relações  juvenis, a insegurança que dificulta e em alguns casos até impossibilita  que se reconheça a beleza dos vaievém amorosos e o egoísmo e a  inquietação que, por vezes, impedem um amor generoso e verdadeiro de  crescer e frutificar.                               “Para melhor viver  um grande amor é preferencial a     calma dos mais velhos à impaciência  dos jovens”.
Para melhor viver um grande  amor é preferível a calma dos mais velhos à impaciência dos jovens. As  pessoas maduras aprimoram sua capacidade de bem escolher o parceiro.  Esta consiste na sabedoria de escolher não aquele que mais nos  entusiasma, mas sim a pessoa que nos torna melhores. Este é nosso  companheiro ideal. Não quem nos excita e seduz, mas quem nos engrandece,  quem traz à tona o melhor de nós mesmos.
 
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