A MATURIDADE DA FÉ
Podemos chamar de estágio adulto da fé a um patamar ao qual a pessoa acede quando, depois de passar por um período de ceticismo, busca o encontro com Deus. Geralmente esta procura se processa lentamente, ao longo dos anos. Pessoas interessadas no próprio desenvolvimento espiritual, aos poucos começam a questionar sua descrença e a compreender que o ateísmo não passa de uma crença com sinal negativo. Afirmar que Deus não existe é tão radical quanto a afirmação oposta, de que Ele existe.
Alguns ateus sofisticam mais sua postura contestadora dizendo-se agnósticos. Declaram ser impossível saber se Deus de fato existe e se propõem a deixar o assunto de lado. A estes se contrapõe a idéia do gnosticismo, que defende a tese de que é possível, sim, ser capaz de se perceber a Presença Divina. E que, portanto, a posição dos agnósticos seria displicente.
Porém, os que estão amadurecendo começam a perceber que o importante é a relação que estabelecem com a idéia do divino e não, simplesmente, o cultivo da crença. A necessidade de evolução espiritual continua presente e o caminho passa pela mudança de atitude. As pessoas chegam a um melhor desenvolvimento de sua espiritualidade ao procurar manifestações do sublime, da transcendência, de algo superior; em si mesmas e no mundo ao redor. Elas reaprendem a se maravilhar com o fenômeno da vida e com a beleza das coisas na terra. Entendem a fragilidade e as fraquezas humanas e aceitam saborear o milagre de viver e a alegria da permanente busca dos sinais da presença de Deus
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