12/01/2011

EXCEÇÃO FUNDAMENTAL

Uma forma prática de compreender o que se passa com outra pessoa é usar um artifício mental chamado identificação. A identificação funciona quando alguém se imagina na situação de outro, procurando entender suas emoções e até mesmo adivinhar quais são seus pensamentos.

Usamos constantemente, e com sucesso, o recurso da identificação para a compreensão de sentimentos alheios. Mas existe uma situação na qual o uso desta estratégia é contraproducente. Trata-se do relacionamento afetivo entre homens e mulheres. Inadvertidamente tanto o homem quanto a mulher tentam entender seu parceiro colocando-se no lugar deste. Isto é ineficaz porque, no que diz respeito às situações de relacionamento amoroso, a mente masculina funciona de uma maneira enquanto a feminina, de outra, até diametralmente oposta.

Observando certos comportamentos podemos notar essa diferença. Um homem, ao ter que explicar uma situação de infidelidade conjugal sua, costuma recorrer ao argumento de que foi um acontecimento sem nenhuma importância. Já uma mulher, colocada na mesma situação, em geral faz questão de dizer que foi uma opção muito importante. Outra forma de colocar essa diferença pode ser assim resumida: o homem namora para transar, enquanto que a mulher transa para namorar. Assim, toda tentativa de entender o parceiro através da identificação só pode funcionar se tais diferenças forem devidamente compreendidas e levadas em conta.

Um comentário:

Marcia Almeida disse...

Compreender as diferenças entre os sexos, através da leitura de seus textos, tem me ajudado. Mas, como aplicar esse entendimento das diferenças, ao dia a dia de um relacionamento amoroso??? Quanta dificuldade, rs...