20/12/2010

NATAL

Na semana do Natal, vale a pena fazer uma reflexão sobre o significado deste evento cristão que comemora a vinda do Salvador. A figura da criança, e a valorização da infância a partir da idéia de um Deus menino, é um dos mais importantes elementos do cristianismo. Dar vida a uma criança é uma decisão puramente afetiva, onde a razão entra apenas para ajudar a concretizar o projeto emocional. De um ponto de vista puramente racional, ter um filho é um mau investimento; gasta-se muita energia e uma enorme quantidade de dinheiro para transformar uma criança em um adulto e o retorno econômico é praticamente nenhum, na maioria dos casos. As pessoas são levadas a quererem filhos por um instinto magnânimo. É o amor generoso que nos mobiliza e canaliza nossa energia para essa tarefa, tão doce quanto árdua. A comemoração cristã do nascimento de Jesus – a imagem de Deus como um bebê – dá relevo à paternidade e à maternidade. Não apenas para a sobrevivência da espécie, que é o lado instintivo, mas principalmente pela carga de altruísmo e bondade que está presente no amor às crianças. Elas precisam ser amadas para poderem crescer e nós, adultos, necessitamos liberar esse amor para nos tornarmos maiores e melhores. Ao comemorarmos no Natal a vinda de Cristo estamos celebrando o nascimento de todas as crianças.

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