Luiz Alberto Py

SALVANDO ESTRELAS DO MAR

Por vezes nos encontramos em situações de vida em que não temos como lutar por nosso destino, ocasiões de total impotência. Todavia, mesmo nessas oportunidades, existem possibilidade de ajudar outras pessoas. Mesmo num momento de infortúnio ainda nos resta a perspectiva de contribuir para o bem-estar ou a felicidade de alguém. Fica o consolo de perceber que nossa impotência não é absoluta e se restringe à nossa própria situação. Vale lembrar as sábias palavras de D. Helder Câmara: “ninguém é tão pobre que não possa dar nem tão rico que não possa receber”.

Jack Caufield, em seu livro Canja de galinha para a alma, dá um simples mas significativo exemplo. Caminhando por uma praia deserta onde a maré baixa deixara centenas de estrelas do mar encalhadas na areia, ele viu um homem que catava as estrelas do mar e as atirava de volta para a água. Perguntou porque ele estava fazendo aquilo. O homem respondeu que elas iriam morrer em pouco tempo se não voltassem para o mar. Ele voltou a perguntar que diferença ia fazer salvar algumas estrelas, se a maioria delas ia morrer mesmo. Jogando mais uma estrela ao mar o desconhecido respondeu, apontando para ela: "Para aquela ali fez diferença". Por pior que esteja a nossa situação, sempre podemos encontrar alguma estrela do mar para salvar.