04/10/2010

PEQUENAS ALEGRIAS

Acontecimentos dolorosos fazem parte da vida de todos nós, deixando-nos tristes e nos trazendo sofrimento. Por outro lado, muitas vezes não nos damos conta de muitas das coisas boas que nos acontecem e, portanto, não as comemoramos. Grandes ou pequenos, nossos sucessos podem ser celebrados. Na medida em que temos facilidade para chorar nossas tristezas, devemos nos esforçar em contrapartida para não deixar de lado a celebração dos eventos que nos causam alegria. Este é um bom hábito que precisa ser cultivado.

Pequenos episódios do cotidiano se transformam em motivo de alegria quando estamos alerta para percebê-los. Uma boa noite de sono, uma refeição feita com apetite, um belo dia de sol – ou de chuva, pois as tempestades também podem ser bonitas -, a chegada do verão, ou mesmo a do inverno, tudo pode ser festejado. Já que as tristezas são inevitáveis, vamos nos alegrar sempre que possível. O melhor que podemos fazer é dar o máximo de ênfase ao que nos acontece de bom e procurar minimizar o que seja negativo.

Santo Agostinho (354-430), um dos primeiros sábios do cristianismo, disse com muita propriedade que quando as pessoas partilham suas alegrias, a felicidade de todos aumenta porque cada um aquece a chama do outro. O que mais nos impede de festejar nossas pequenas satisfações é a vergonha. É como se não estivéssemos autorizados a manifestar publicamente diminutas parcelas de bem-estar. Vencendo esta barreira aumentaremos a capacidade de partilhar os bons momentos, não só os grandes, mais raros, como, principalmente, os pequenos, mais freqüentes.

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