CARÊNCIA
A carência se caracteriza pela dificuldade em suportar a solidão. Ao mesmo tempo, o carente não consegue manter um relacionamento amoroso por mais de algumas semanas. As pessoas que sofrem de carência afetiva tem uma necessidade de serem amadas de forma tão intensa que estão sempre sentido falta de amor. Por mais amoroso que o parceiro seja, ele nunca satisfaz completamente a demanda do carente.
Muitos problemas sérios, como a obesidade, por exemplo, tem estreita relação com a carência. Geralmente a pessoa come demais na tentativa de preencher um vazio emocional que jamais poderá ser preenchido com comida. Todas as compulsões são tentativas de saciar uma carência interna por meio de algo externo: jogo, bebida, drogas, sexo etc. Esses recursos podem até funcionar por um curo período de tempo, mas logo a pessoa precisa de mais e mais, terminando por estabelecer uma compulsão insaciável.
Da mesma forma, o carente afetivo busca na relação amorosa muito mais do que ela pode lhe propiciar, por isto nunca fica satisfeito. Por mais que namore e seja amado, esse amor não consegue atender sua necessidade, porque ela é anterior à vida amorosa aldulta. A origem da carência afetiva encontra-se na insuficiência de amor original. Quando os pais não são capazes de amar seus filhos plenamente e educá-los de forma sensata, a criança não atinge o grau de auto-estima de que necessitará na vida adulta. Desse modo, já na adolescência, a pessoa carente mostra de modo muito nítido sua fragilidade emocional, sentindo grande dificuldade em desenvolver uma relação amorosa saudável. Ela não busca no parceiro um companheiro, mas alguém que sacie suas necessidades infantis subconscientes.
Para superar esta situação, é necessário desenvolver um longo trabalho de autoconhecimento. O primeiro passo é admitir a própria carência para, pouco a pouco, aprender a cuidar do lado infantil sem precisar da ajuda do parceiro. A carência pode ser superada, mas isso requer empenho e paciência. Nesse caso, uma terapia pode ajudar bastante.
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