14/07/2010

O verdadeiro amor

Há quem afirme que nunca encontrou o verdadeiro amor.
Mas, me diga, como alguém que não sabe o que é o verdadeiro amor pode saber que nunca o encontrou? As pessoas criam fantasias a respeito de como seria um amor perfeito, e nada do que encontram satisfaz suas expectativas. Pensam, por exemplo, que o amor não pode conviver com momentos de desinteresse. A verdade, no entanto, é que não existe namoro sem problemas.
Apesar das dificuldades, o verdadeiro amor é possível, desde que haja cumplicidade e vontade de superar os obstáculos.
Amar alguém não se resume a sentir desejo sexual. Quem ama de verdade quer fazer o companheiro se tornar melhor, se desenvolver e ser feliz. Para isso, é necessário começar devagar. Uma relação que se inicia de modo despretensioso e espontâneo tem muito mais chance de florescer do que uma que já começa sobrecarregada com cobranças e expectativas.
Não adianta nada ter pressa, é preciso tempo para que as duas pessoas possam ir se conhecendo, aprendendo a se admirar, criando amizade e cumplicidade.
É preciso usar a razão para gerenciar os sentimentos e impedir que um amor que não esteja sendo muito bem correspondido se desenvolva dentro de você. Amar sem ser amado é uma triste cilada. Quando você coloca sua felicidade nas mãos dos outros, se torna incapaz de gerar a própria felicidade. Quem se queixa do amor provavelmente só o vivenciou pela metade, nunca experimentando a alegria do sentimento recíproco.
Embora seja impossível viver a relação perfeita, livre de problemas e tensões, o amor verdadeiro existe, basta que o casal se empenhe sinceramente em construí-lo. Como disse Byron: "Ao contrário do ouro e do barro / o verdadeiro amor, dividido, não diminui."

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